O processo de desenergização é fundamental para garantir a segurança durante trabalhos em sistemas elétricos, evitando acidentes como choques, por exemplo.
Ao contrário do que muitos profissionais pensam, a desenergização não se resume a desligar interruptor/disjuntor para fazer algum reparo. Este é somente um passo do processo de desenergização amparado pela NR-10.
Neste texto que preparamos, você vai saber como fazer este procedimento de maneira segura e correta.
O que é desenergização?
O processo de desenergização interrompe o fluxo de energia, tornando o ambiente seguro para intervenções e manutenções, além de estar conforme normas técnicas e regulamentações.
A desenergização é a união de ações gerenciadas e controladas que ocorrem de modo sequencial para garantir a ausência total de tensão no circuito. Dessa forma, é preciso ter um nível de segurança superior ao simples desligamento de interruptores e disjuntores.
Qual a importância?
É fundamental que em situações como manutenções preventivas ou corretivas em instalações elétricas, substituição de componentes elétricos danificados e testes de equipamentos e sistemas elétricos.
Além disso, esse procedimento precisa ser feito quando há intervenções em locais próximos a redes elétricas, para evitar acidentes indiretos. Também quando é preciso instalar novos equipamentos ou ampliação da rede elétrica.
A desenergização ainda precisa ser feita em emergências, como curtos-circuitos ou riscos iminentes à integridade física de pessoas e patrimônio.
Passo a passo de como fazer a desenergização
Realizar a desenergização de forma correta é fundamental para garantir a segurança durante a execução de trabalhos envolvendo sistemas elétricos. Acompanhe o passo a passo de como fazer o procedimento.
Planejamento e Análise de Riscos:
- Determine qual parte da instalação será desenergizada.
- Avalie os riscos associados e as medidas de controle necessárias.
- Informe a equipe e usuários envolvidos sobre a desenergização.
Desligamento do Circuito:
- Use equipamento de proteção individual (EPI) adequado.
- Desligue o disjuntor ou interruptor correspondente ao circuito que será trabalhado.
Isolamento da Fonte de Energia:
- Isole a fonte de energia, usando, por exemplo, dispositivos de bloqueio.
Teste de Ausência de Tensão:
- Com um equipamento de teste, verifique se o circuito está realmente desenergizado.
- Certifique-se de testar todas as fases e componentes.
Aterramento Temporário:
- Em certos casos, é necessário aplicar aterramento temporário para proteger contra energizações acidentais.
Sinalização:
- Coloque placas e sinais de advertência no local para informar que o circuito está desenergizado e que trabalhos estão sendo realizados.
Execução do Trabalho:
- Realize o trabalho necessário com o circuito desenergizado.
Remoção do Aterramento e Bloqueios:
- Antes de energizar novamente, remova quaisquer dispositivos de bloqueio e o aterramento temporário.
Energização:
- Certifique-se de que a área está segura e que todos os profissionais estão informados.
- Reenergize o circuito, ligando o disjuntor ou interruptor.
Comunicação Final:
- Informe a todos os envolvidos que o trabalho foi concluído e que o sistema foi energizado novamente.
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Quais cuidados durante o procedimento?
Durante o procedimento de desenergização, diversos cuidados são essenciais para garantir a segurança e eficácia do processo. Veja alguns deles!
- Uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual): é preciso utilizar EPIs adequados, como luvas isolantes, capacete, óculos de proteção e calçado específico para trabalhos elétricos.
- Comunicação Clara: toda a equipe precisa estar ciente do processo e informada sobre os riscos, evitando acidente por falta de comunicação.
- Verificação Dupla: após desligar o circuito, sempre faça uma verificação dupla para ter certeza de que está realmente desenergizado.
- Não Depender de Apenas um Método: além de desligar o disjuntor, utilize dispositivos de bloqueio e sinalize o local.
- Ambiente Seguro: certifique-se de que o local de trabalho esteja livre de obstáculos e possíveis fontes de energização acidental.
- Uso de Ferramentas Isoladas: utilize ferramentas com cabos isolantes, adequadas para trabalhos elétricos, evitando risco de curto-circuito ou choques.
- Atenção ao Aterramento Temporário: se usar aterramento temporário, garanta que ele seja aplicado corretamente para proteger contra energizações acidentais.
- Sinalização Adequada: use placas e sinais de advertência claros e visíveis para indicar que o circuito está desenergizado e em manutenção.
- Evitar Trabalhos Individuais: sempre que possível, evite que um profissional trabalhe sozinho. Ter alguém por perto pode ser crucial em situação de emergência.
- Conhecimento das Normas Técnicas: esteja atualizado e siga as normas técnicas e regulamentações locais relacionadas à desenergização e segurança elétrica.
- Treinamento Contínuo: garanta que todos os profissionais envolvidos tenham treinamento adequado e recorrente sobre desenergização e práticas de segurança elétrica.
- Planejamento: antes de iniciar o procedimento, planeje todas as etapas, considerando as particularidades do sistema e as necessidades específicas da intervenção.
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Ao longo deste texto, você entender a importância da desenergização e quais casos em que é preciso fazer o procedimento. Também aprendeu um passo a passo de como realizá-lo, bem como os cuidados necessários.
Lembre-se que é essencial seguir as normas estabelecidas pela NR-10 e cumprir com todas as etapas da desenergização. Assim, você evitará acidentes e prejuízos materiais com a queima de materiais e equipamentos.
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